Geração Prateada e Mercado de Trabalho para os 50+

Vamos conversar sobre a Geração Prateada. Você já ouviu este termo? Sabe que ele se refere as pessoas com 50 anos ou mais.

E aí vão algumas perguntas para nossa reflexão, são elas:

  1. Você acredita que uma organização com uma cultura jovemcêntrica pode ter longevidade ou se perpetuar?
  2. Esta mesma organização conseguirá atender uma população com 50 anos ou + sem ter no seu quadro pessoas desta faixa etária?

E que ao mesmo tempo, seja na pandemia ou no pós-pandemia o desemprego e demissões dos 50+ é uma realidade e pode piorar se não houver uma reversão do mindset das organizações, da sociedade e destes profissionais?

O tema geração prateada, longevidade, terceira idade, envelhecimento, entre tantas outras nomenclaturas, estão cada vez mais se destacando na mídia mundial. Citamos aqui alguns números que indicam a dimensão dessa temática e do seu crescimento em grau de importância:

  • Mercado voltado para reverter o envelhecimento pode valer 600 bilhões de dólares em 2025;
  • O número de idosos no mundo vai dobrar nos próximos 25 ou 30 anos;
  • No Brasil, e 2030, 29,6 milhões de pessoas terão mais de 60 anos no país, que terá a quinta população mais idosa do mundo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a configuração populacional do Brasil está mudando rapidamente, em 2050, o número de brasileiros acima de 60 anos deve mais que dobrar, ultrapassando os 40 milhões; atualmente as pessoas com mais de 65 anos somam 9,2% da população. E ainda, pelas suas expectativas em 2060, um em cada quatro pessoas no país estará nessa faixa etária.

Sendo assim, a partir de uma vivência de mais de 30 anos de mercado como autor de livros, treinador, palestrante, professor de pós-graduação, consultor e mentor de carreiras posso garantir a vocês que esta maturidade, senioridade e longeratividade dos profissionais com 50+ podem contribuir muito para suas organizações.

Portanto, fundamental repensar e mapear como as políticas públicas e as políticas corporativas estão sendo realizadas para este público, que tem uma condição única de contribuição em posições de gestão, como formador de equipes, como mentor, consultor interno, especialista sênior e por aí vai.

Fábio Rocha

Especialista em Carreira e Diretor-Executivo da Damicos Consultoria em Liderança e Sustentabilidade